segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

O futuro a (----) pertence

Why do not give up, when fighting is no longer an option?

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Tenho vergonha de te amar

Todas as janelas guardam milhões de almas. Atrás do vidro uma cadeira e se o dia for cinza e se o continente for Europa e se a rua for limpa: pior ainda. A paisagem é sempre, eternamente, a mesma. Tantas janelas, esquadrinhadas por tantos tijolinhos e tudo isso é tão distante de mim e de você que cada vez mais o concreto infla e todos os voyeurs dentro de todas as janelas que tudo guardam me olham com a grandeza cruel do mundo, me cobrando a coragem que não tive e que nunca terei de te amar.

Olha só. Meus olhos já viram tanto e meu coração segue tão bobo.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Stand clear

Anyone can be anyone to anyone. This said, why do we still love some?

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Esqueceríssimo!

A rotina do medo não é difícil de se viver. Eu fluo tranquilo por ela há anos. O medo está bem além do que se espera, é bem mais forte, não tem nada a ver com ignorância, deus do céu, nada a ver com fragilidade. O medo deve tudo à consciência, ao conhecimento, à convicção e a todas essas coisas que comem a vida de dentro pra fora, de dentro - pra fora - dentro - fora - dentro - fora (dois lugares cada vez mais distintos). Medo é descobrir demais, é uma ingenuidade corajosa. Eu domei o medo e hoje sou um solitário na guerra, entusiasta do susto. Aqui - lá - aqui - lá - aqui - lá. E lá se vai perdendo eu o contatiiiiiinho que ainda tinha com o mundo e seus faróis.

João ninguém quer ser ouvido

Ninguém quer ouví-lo. Mas ele fala. Na maior parte do tempo o hábito de se trair revela a mais pura das intenções, mas a crença de que se pode ser tudo (aqui e lá) corre pelas veinhas fracas desse moleque de barba precoce. Ele pensa mesmo (mesmo!) que pode ser daqui e de lá e convencer ambas as plateias. Ele pensa que os funerais reunem inimigos. Eu arrepio, e amargo, porque cada vez que o olho, temo que seja verdade o pressentimento vago, que um dia eu tinha, de que eu era mesmo, desde sempre, mais sábio e mais triste do que ele.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Para se ler com sotaque (daonde?)

Oiticicado pelo Brasil, andando pela rodoviária de Brasília, aquela bela cloaca, vejo uma mocinha morena vestida de gari (devia mesmo ser gari) abrir a balinha de centavinho pra chupar, amassar o papel na mãozinha e jogar o inútil no chão. Pensei: nem ela!



Seria o brasileiro um santo?