segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Vida de planta

a inteligência inventou o poema que foi lido sessenta vezes seguidas e enviado por carta azul virtual com opção de depois de lida ser tida como não lida e vice-versa. a inteligência moscou a mosca e nada entende nada porque tudo ficou enorme. se é de um corguin que precisa, pra que recortar na revista a foto do mar da bahia, coisa tão lonja. desamparadinhos, o amor deixou de existir, mudou de nome na cabeça dos inteligentes, a vida é muito maior do que ele e todo mundo tem medo de ir parar no xadrez do outro. oooo, santa merda cagada filosofada informatizada. o problema é o vazio? esvazie-se dele! fica correndo atrás do futuro, urrando o urro do burro, quantas lições do tipo estamos aprendendo. o chuveiro queimou, não foi? o banho frio foi um suplício, perdeu a chave, dormiu na rua, comeu o diabo que o pão amassou. cê lá vi, meu ami, e vi de dentro, bolorento que nem disse minha vó, que não sabe de nada, nem quer saber. estamos demasiadamente acordados, dormem as pedras, as plantas e as poltronas. só nós na vigília! eu não estou cansado, saiba, mas sou sentimental, aquático experimentando, estou com pena do apelo que eu faço para que passem na minha janela e me chamem pra dançar, na vida, dançar na vida, dançar, dançar e dançar na vida

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Tô de pijama

Tá rolando uma greve em alguns sistemas nervosos na redondeza, o fim de semana foi BEM conturbado. A falta de serviço, isso e isso foi realmente profundo. Foi meio absoluto. Foi de um tudo. Estou compreendendo, diga, diga, diga. Sei. Olha, quanto a isso, estou um pouco afetado, mas logo estarei aquilo outro, estarei pronto, estarei certo, daí ok, tudo estará. Bem, aguarde um pouco, isso faz sentido... mesmo! Que bom, estamos nos entendendo. Sim... sim... ah! Hahahahaha! Sim-sim! Gente, quanta revelação... a vida é mesmo um útero, né? Quecoisamaisquentinha. Gostei de saber, estou sabendo tudo, 'tánto'. Tomara que não me esqueça... Vou anotar! A greve em alguns setores dos nervosos centros está gerando um afeto contemporâneo, uma certa febre, uma vontade de viajar! Daí que todos os setores estão sendo todos muito influenciados e as pessoas viajam cada vez mais... Elas gostam de conselhos corajosos: please, se te agrada, olvide, oublié! Faça do esquecimento a tua bandeira, não acumule, solte, solte, solte, abandone-se! Eu não 'penso' muito assim, sinto penas variadas de tanta pujança investida em vaidades. Mas, o.k., sentir é sentir e cada um senta onde quer. Depois, bem depoizinho da farra da obliteração saberás e discutirás, e crescerás! Fé! Tenha fé, não esqueça disso. Não, disso você se lembre! (E Ñ minta!) Pare de mentir, e... BEM, TEM ALGUMA COISA LÁ ATRÁS DAS COSTAS QUE TALVEZ SEJAM COMO ALÇAS, rola de agarrar-se nelas para o caso de querer virar-se do avesso. Virando-se, vire, veja o revés, será um tanto quanto outro lado, e desse lado há uma seta que aponta para a retomada dos serviços, o fim do embargo, um comunicando-se com o outro, escutam-se maravilhosamente bem, já não há greves de surdos, FIQUEI LOUCA! A ema gemeu, a cuca ferveu, o futuro chegou, triunfo de amor é noite bem dormida, cerveja gelada e orelha lambida, inseticida, Maria Aparecida, muito obrigado pela acolhida.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Sonhando com piscinas

Pelas brechas do pensamento escapam pontes super extensas, enormes partos mentais. A imagem de tudo é tábua larga/densa, tudo é coisa que dura ou continua---
- Deus!!! Que prisão nascer num mundo de tantas medidas!

Por um instante perdi o lugar da ardência.

- O que me dói?
- Nada.
- O que me espera?
- Nada.
- Até onde vou?
- Não há.
- Mas e se...?
- Então
encontro-me em plena observação e vigilância do medo, sentado em mental poltrona. Ai, que medinho. Ai, que meda! Medo nativo de um mundo medido. O medo tá na ponta da ponte esperando que eu o encontre nunca-lá! Ó! Se a veneta nunca me serviu de agrado, tampouco perderei o barco porque esqueci de imaginar o remo.
- Ôô, vovozinha Vicentina. Quanta erudição tola em apenas duas gerações. Perdoe minha mãe e seus três mamíferos por tanta sucata emocional em língua pensada.
Isso tudo pra quê? Pra que eu pulasse da ponte que eu mesmo imaginei tão larga e madeirosa, de cima pra lugar nenhum. Quem mereceria meu sofrimento? Por quem ver e ter tantas lágrimas? Por sem-quem-não-viveria. Com tanta ponte, basta a vista. Mantenhamos o silêncio da paisagem, desdificultemos a paisagem, reduzamos o trajeto e: respiremos rebolando.