quarta-feira, 18 de maio de 2011

segundos

passa todo dia santo ou não pelos mesmos lugares
pensa em quase todas as pessoas
marca mais seu corpo
compartilha mais segredos
planeja o dinheiro pouco
se tapa do sol
se estapeia nas luas
chupa mais um pouco
e
sente.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

As brumas

O mundo diluído na aspereza do nada,
E sublimes infinitos que jamais diminuem.
A vida nos vazios, nos entres, mas de silêncios ruidosos,
Sagrada atenção ao corpo, à alma,
E ao fio da morte contruindo estradas.

O tempo longo entre as sílabas,
O tempo oportuno: não há.
O tempo que viveu minha mãe sem meus olhos,
Janelas se abrindo para o sol
E água da chuva banhando os pastos.

Incontáveis vidas sem mim.

O vazio do desejo,
E desesperados amores degustando feridas.
Crostas na pele, carícias cíclicas.
Trabalho da terra desocupando sementes.

O infinito para fora,
Interior que desabrocha: necessário.
Meu coração em retirada
E sutis linguagens de olhos secos sem pranto.

O mundo em nada: áspero.
O mundo assentado na delicadeza do tudo.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

homoafetividade

só lembrei....


HAHAHAHA

conspiração!

essa noite meu filho felino lindo brincou/sumiu meus brincos vermelhos vinho. tive que estrear o da sacolinha branca :)

coisa boa e rápida ontem, foi-se que nem perereca jogada na panela quente pra brazillla.

mas entendo, esses cansaços ainda vão nos ressuscitar.

domingo, 8 de maio de 2011

Fantôme

Velho homem acorda sobre a água, chorando grama seca. Sobe as escadas rolando, pula três árvores e mastiga a terceira. Beija os lábios de Sara (ou era ele? ou era ela?). Caminha três dias em linha reta, grama seca, grama seca, tem cruz na estrada indicando parada. Ele para. Um pássaro faz rodear em volta dele. Eu e você vamos enxergando pelos olhos do pássaro e vamos embora pra cima pra cima, tão alto, de nuvem, de espaço, que a gente até esquece. É sonho, minha tia: sonhei que esqueci.