domingo, 21 de abril de 2013

Menos aumentado

Deus está só respirando.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Uma respiradinha mais leve

Subi na cadeira correeeeeeendo, apartados os objetos. Nada poderia me impedir de puxar o ar um pouco mais forte. É preciso! O mundo tem uma capacidade, um mecanismo... um certo comportamento que se deixa entrever de vez em quando, meio ladino, no meio da frase, do olho do desconhecido, no meio da pólvora pipocada do dia a dia: bum! Um sentido desperto, é o parto do delírio. É uma verdade que de tudo rouba a ilusão. Cai sinuoso o voal sobre o palco, tudo é brega, breguíssimo... e lá vêm vinte, trinta, quarenta anos de planos pra planejar, cada dia consome um dia, na compania do medo, na compania do ar. E enquanto isso, nesse segundo, nesse milésimo que tudo antecede: quanta desonra ao futuro. Quanta falta de fé. De repente, numa respiradinha despretensiosa: tanta verdade! Tanta revelação sobre o tudo e suas partes, tantas leis detectadas. Quando me tocam ou quando toco as pessoas, ouço coisas. Vejo. Estou em contato com a matéria explosiva inicial de cada um. E sei absolutamente tudo. E eu vejo serpenteando entre as pessoas um fluxo mal construído, atravessando a soleira e o matagal, como há milênios. E tenho pena... e balbucio respostas mentais. Ajudinhas... o mundo vai deixando seus vícios de costas em costas e é esse movimento que nos calhou de ir vivendo... Mais nada? (outro pensamento triste) Crise! Crise com a palavra, crise com D! Crise de propósito.... ---> ambíííííííguo! Ninguém me entende mais, buááááá. Por que me movo? - Pra ouvir uma música cubana? - A lo mejor pra ficar desperto e ter emoções, - para amar, amar, amar... meus perenes. Tudo coube numa inspiração aeróbica tradicional. Dilatadas costelas de realismo bruto, embrutecedor. Pra onde vou? Hei de ir? Olha a grama, olha a chama, olha eu aqui feito cinco centavos. Apenas um pulso. Um pulso dissipando energia na roda do mundo, mundão, bundão. Respirando, respirando e me movendo animalesco, feito tartaruga piscando. Tipo um tipo que não pensa nada e que nada vê, de tanto que vê e de tanto que pensa, pensa e pesa*

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Barco inundado

Meio dia, sol forte, trabalho.

Depois de uma conversa de 13 minutos escolhi o desemprego.

Tive o impulso que precisava e vim, remei, mas não quero parar agora. Não feliz, não satisfeita e não em paz, chorei, mas a vida me acudiu. De novo procurando algo que tire meu coração de mim, que divida um pouco desse peso, não dá pra sentar e ficar o dia todo no ar condicionado feito pedra. Preciso pular desse barquinho e beber desse sal, sentir algum gosto.

Quero ver aqueles dias mais bonitos que já vimos, quem sabe até um café da manhã com suco de laranja. Logo visitarei Brasília.


Já sei o que não quero e esse será meu recomeço.