quinta-feira, 10 de outubro de 2019

A paixão alcoólatra

A rolha já vai pra lixeira que nem vai mais precisar, dois cigarros errados pra dizer que tá tentando e o som até incomoda o cãozinho que tava numa nice tentando dormir por perto.
Brincadeira emocial frita, não esquecendo a lombar on fire;
Um simples pedaço de papel higiênico já me grita que ela finalmente chegou! 
Abençoada seja a canela.

O céu é, mas não está

Um mistério que prende, não dá pra olhar sem sentir um choque espinhal que vem da retina.
Rotina idiota pra ir ver, fingir o possível negando a porra dos caninos.

segunda-feira, 7 de outubro de 2019

Eu me rendo

Tatuagem de Iansã. Adeus a mim. Boa tarde, a morte chegou. Miro o horizonte, grandiosidade facada existencial. Montanha.  Pior: montanhas. E ventos! Um viva!!! Vivi. De novo vivo na consciência fria do vento chocando esta minha pele desgraçada pela civilidade. O sonho americano está necrosando o meu peito. Quero ser hippie e fazer pipi nas plantas. "- Che, chega de segurar o pipi." Abre o coração, alma sertaneja, seca e cheia de feridas. Alma goiana paradoxal perto de Deus e distante do universo, o multiverso, o próprio verso poético, o próprio verso que é o avesso... Cáca e pipi... Avesso reverso de dentro da gruta grotesca do anti-eu. Eu me rendo. Mas que bosta esse controle invisível disfarçado de cidadania e e me caindo como uma luva semeando tristeza e dúvida e inventando necessidade ilegais, não legais, aliás nada legais, estou aborrecido com tudo isso!!! Eu me rendo. Me deixe sair. Não foi isso que pedi nas orações, foi? Me enganei. Iansã me abençoe, me solto no vento, me movimenta? Eu desisto da pretensão escolar de dominar a terra e sacralmente me devoto ao que tão pouco produzo, como corpo, como ser, neste destino entre destinos: o ar. Ar. Ar. Ar, por favor, incêndio de ar em mim. Ar ar ar para mover o invisível, para fluir com graça, graciosidade, para nutrir o amor, o amar. Eu me rendo, sobre a montanha, diante de outras montanhas escancarando a pequenez dos meus maiores anseios, vertendo lágrimas de sais antigos de dentro de mim para que finalmente sequem e sumam no vento de axés.

quinta-feira, 26 de setembro de 2019

Falling

Por que, raios dos infernos, eu fiquei assim? 
Me submergiram, a porra da bolsa estourou e virei uma otária!
Foi tudo nos olhos, desde tudo. 
Que loucura, a gente literalmente dando voltas.
Entendo que quando ovulo fico mais ispiriquitada, sei lá, mergulhando num outro mundo, de alguém. 
Alguém que fica e vai limpando com a língua umas lágrimas.
A raiva alivia o acédio do ego e nessa, amado Catarro, vou caindo

quarta-feira, 11 de setembro de 2019

Será que tem gente que vem aqui achando que somos um lugar de palavras certas bonitas? A possibilidade do comentário abala tudo;

Vomitar a vida real é a pura fantasia poesia!

Pití passa?

É uma loucura tão imensa que não sei como conseguem, será que conseguem mesmo? Me confundo nessa borda de beleza de viver e suas necessidades, na minha idade eu já deveria ter parado de me preocupar tanto, já deveria ter amadurecido, é punk.
Várias escolhas, várias mudanças e ainda não entrei na dança. Patético romantismo que finge estar em algum lugar fortalecendo anseios, um terror! Se a rotina já dói tanto, por que não mudar? 

domingo, 24 de março de 2019

Uma década de loops e taízes

Estas cartinhas acabam de completar dez anos. Dez aninhos de loucura....

O que dizer?

Esse vento batendo no cabelo... Vida desgraçada de maravilhosa! Nossa adolescência foi ontem, há 500 anos. Tô nem aí.

Vida infeliz de fantástica! Coisa boa demais isso aqui. Vamos fazer um livro no rolo de papel higiênico? Limpar o couro do cu nessas cartas magníficas. Amor por elas. Sublime. Paixão comunicada, letra a letra dessxs amadorxs bonitxs que somos nós. Estamos de parabéns por escrever escrever escrever sem nunca emagrecer... Escrevedorxs e pronto! Nem isso nem aquilo... Só cartas, raízes... Algo que importe, que suplique supitar agora. Agora!

Com amor e com distância, te convoco a um brinde imaginário, minha amiga Raiz. Minha raiz amiga. Um simbólico brinde se ergue no ar... Que se rompam as taças, nosso sangue pingando no chão, restituindo a terra, restituindo ciclos, círculos vitais e vitalizantes, restituindo o movimento louco de vida que nos emprenhou e nos pariu de nós mesmxs. Putxs que nos pariram!

Amém! Viva aquela cerveja naquele dia naquele papel naquelas letras naquela descarga cosmopoética toscamente maravilhosa! Amadorxs encantadorxs. Quantas relíquias sentimentais aqui. Pulsa em mim. Me salvou. Me desafogou. Me explodiu, revirou, me apresentou a mim mesmo e a um mundo radicalmente abstrato e lindo.

Viva!

Viva!

Viva! 22 de março de 2009, 24 de março de 2019. Viva. Viver. Viver.... Guerreirxs de espada na mão. Peito aberto. Fez-se. Sinta-se. Só quem sente sabe...