quarta-feira, 29 de julho de 2009

que seja por vontade ou predestinação aceita

sabe quando nos dá aqueles acessos e a gente começa a pensar na sorte que tem? pois é, ontem a noite não consegui dormir e fiquei pensando, eu estou começando a minha fase, amadurecendo mesmo ainda "bobinha" e "sem limites". É tão bom pensar no quanto é importante te ter por perto, você sem dúvida alguma, é o melhor dia que já ví. Penso tanto na viagem, estou tão seca e pronta, tenho problemas de falta de ar, pode não ser nada ou pode ser a vida batendo ligeira (prefiro estar longe quando descobrir).
Não consigo chorar mais desde aquele dia, eu simplismente não consigo...e olha que eu sou uma manteiga (mas não moro com você em beéssebê, rêrêrê). Eu tenho sorte, tenho o dudu, o thiago, vocês e o resto da vida pra abraçar.
Preciso ir pra descançar os olhos dessa cidade pequena, quero outros rostos, outros medos infantís, quero ter a coragem de dizer o mais sincero adeus, não fugir, e enfim os dois filhos que me fizeram sonhar.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

eu sonho

ando com ainda mais sede, a vaca pode nos levar e nos deixar longe e pensando nisso durmo com os potes. as surpresas de fim de ano devem acontecer, meus ombros doem tanto...meu sono diurno me faz amanhecer com os galos. fui ao clube levar o dudu pra tomar banho de piscina, ele adora! aproveitei e mergulhei, fiquei lá até não aguentar mais. eu queria aquela sensação sempre, leve e moldável. eu tenho que me entregar mais. a gente pode conhecer esse mundo bão, já comprei o filtro solar, sebastião.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Julho

Perceba, Raiz. Como os dias de julho são belos.

As manhãs azulíssimas me arrancam de uma cama no chão - lençóis que se arrastam amassados por horas e horas de férias - e me fazem ver que a TV é pouquíssimo convidativa.

São dias de tardes macias, úmidas, que acariciam a face e esfriam a pele como num sopro pra sarar feridinha. Tardes que morrem no café das 6, perfurando as janelas felizes com raios laranjas tortos e um adeus que grita.
São pôres-do-sol fantásticos, majestosos, esquecidos da própria beleza. Desarmam nossas certezas pouco sinceras e pausam o rio fútil que corre na mente, pra estampar a felicidade nos olhos. Podem ser vistos por dentro de nossas imensas pupilas brilhantes e fundo no infinito, correndo vivo no sangue, até se esconder por trás do último prédio ou montanha, a caminho do Japão.

São dias de noites frescas e vivas, ensaiando a aurora do dia seguinte, preparando o céu com estrelas contadas a dedo, sorteadas por glória, estancando segredos de inverno e emoldurando namoricos na grama.

Julho é a casa dos meus sonhos, a valsa das minhas cores.

Sinto,
e muito.

domingo, 12 de julho de 2009

amanheci cedo

Sonhei com a madrugada de ontem, acordei e comecei a lembrar. Fazia algum tempo que eu não doía assim, estou derretida. No meu choro eu vomitei minha escolha de uma forma simples e explosiva. Raiz, estou cansada e quando me olhei hoje no espelho tive uma surpresa. Meu rosto estava um pouco inchado e muito branco, de alguma forma eu me vi tão diferente, mais viva. Confesso que eu estava esperando algo muito ruim e tive até orgulho de me permitir a passar por toda essa transição totalmente vulnerável e cardíaca. machucaram meu coração, e feio. a única coisa que sobrou pra ele foi meu agradecimento, as incertezas são piores que a áspera tendência que escolhemos. ...dói, a cada minuto eu me arrepio por dentro.
Eu vou sentir até a última gota, vai ser um gole azedo que eu vou apreciar devagar.

Todos, todos ali juntos, até a vizinha veio (haha, duas horas e meia da manhã a mulher levanta da sua cama quentinha sai de casa naquele frio pra reclamar de barulho, foi sem graça, haha)
Eu estava com as minhas melhores partes, me deram colos e lenços.
eu sabia que você viria aqui me ver...só estava esperando o sol dar uma baixada.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Finzinho

Sumi, Raiz.
E dessa vez quero mesmo voltar. Estou com saudades e ando assumindo que a cama daí está mais quente, nossos retratos talvez sejam mais fortes, não sei.

Eu ía lhe escrever antes mesmo de ver seu recado. Falamos rapidinho, num traço de linha agora, virtual, como tudo tem sido. Ando fraco, raiz, estou acreditando que meditação ou qualquer coisa de maluco possa me salvar dessa insegurança.

Eu quero um colo, você conversando e olhando pro meu cabelo, a vida vai ser mais piedosa com meus ombros e eu terei de nascer mais responsável no mês que vem.

Já vi que a porca vai ter que engordar, ou não haverá chá das cinco em Liverpool ou em nós.

cadê teu suin?

meu bem, espero que as coisas estejam nos conformes. você deu uma sumidinha né, baby?! venha aqui, preciso saber de você...