domingo, 8 de maio de 2011

Fantôme

Velho homem acorda sobre a água, chorando grama seca. Sobe as escadas rolando, pula três árvores e mastiga a terceira. Beija os lábios de Sara (ou era ele? ou era ela?). Caminha três dias em linha reta, grama seca, grama seca, tem cruz na estrada indicando parada. Ele para. Um pássaro faz rodear em volta dele. Eu e você vamos enxergando pelos olhos do pássaro e vamos embora pra cima pra cima, tão alto, de nuvem, de espaço, que a gente até esquece. É sonho, minha tia: sonhei que esqueci.