Pra quê? Pra quem?
E tinha ser tolo que lhe tirava a paciência e a fazia pensar em sequer se reproduzir. Pra quê!? Vivia transcendendo, mas não saía dali. Se soubesse que o horizonte não acaba nele... Nisso nunca pensou. Bobinha. Via uma folhinha verde do lado de uma amarela e já desatava a pentear a mente: tantas associações geniais. Ninguém soube. Só eu e eu nunca contei pra ninguém. Nem lembro mais. Folhinha verde, folhinha amarela, ourinho, chuvinha, tristeza crua, felicidade madura, azul, verde, amarelo, irmão e irmã. Besteira! Parava de pensar. Não dava conta: pensava no parar.
Gaivota passou a vida assim que não fez nada de útil. Só pensou. Pensou demais! Morreu perplexa. Tadinha.