quinta-feira, 27 de junho de 2024
É tudo tão ridículo, mas...
terça-feira, 25 de junho de 2024
A ronda do galo quente me relembra o quanto é preciso enlouquecer
Um cuidado com café depois das cinco e copadas geladas para disfarce.
Um sono descomunal durante a tarde e o despertar assim que travesseiro.
Um sonho que demora o suficiente para atuar mil vidas.
Um atropelo libidinoso que me desfoca.
Um filho que não terei com um quase amei.
Um desejo bobo de levantar troféu bonito.
Um vulto demoníaco captado sem lentes.
Um vento frio forçado para me conchear.
Um fúnebre pedaço de alguém que sobrou.
Um verme preto em minhas veias querendo entranhar.
Um susto doce e tenebroso que virou banquete de ácaro no colchão.
segunda-feira, 17 de junho de 2024
Dois bichos
A intimidade jogada no chão e a boca seca de manhã. Cansados e com bafo de cerveja nos salivando lentamente. Tremilique involuntário numa vontade de explodir ali mesmo, sangue e tripas escorrendo pela costela até que a gente se engula novamente.
quarta-feira, 22 de maio de 2024
a professora tentando ser satisfeita no sistema feudal goiano, doce ilusão da proletariadinha.
Milhões de vezes viajo livre nos meus pensamentos e quero escrever tudo aqui, mas só abrir essa porra minha mente já limpa tudo. Queria te contar sobre minha preguiça. Ando com preguiça demais das pessoas, de mim e da vida. Me sinto uma trolha ingrata só de ler essa bobagem, mas esta é a fase, uma jovenzinha rebelde aos 35. Dios mio.
"where you go, there you are".
segunda-feira, 22 de abril de 2024
Onde está a água?
No reino onde a água se atreve a comportar-se mal, existe uma dança contra os constrangimentos da sua própria natureza. Flui com a audácia de questionar os limites do seu ser, recusando as expectativas estabelecidas pela terra e pelo céu. Neste grande desconhecido, cada gota vira viajante, uma pequena rebelde traçando caminhos no meio de vastas incertezas. Para compreender este desejo líquido de viajar, é preciso entender o enigma de saber onde se está abraçando onde se esteve. A água navega pelo labirinto do mundo e também é navegada, guiada por forças invisíveis. Encarna a contradição poética da liberdade, um lembrete de que, mesmo no caos, existe uma harmonia sutil, uma dança poderosa entre o destino e a escolha.