domingo, 24 de março de 2019

Uma década de loops e taízes

Estas cartinhas acabam de completar dez anos. Dez aninhos de loucura....

O que dizer?

Esse vento batendo no cabelo... Vida desgraçada de maravilhosa! Nossa adolescência foi ontem, há 500 anos. Tô nem aí.

Vida infeliz de fantástica! Coisa boa demais isso aqui. Vamos fazer um livro no rolo de papel higiênico? Limpar o couro do cu nessas cartas magníficas. Amor por elas. Sublime. Paixão comunicada, letra a letra dessxs amadorxs bonitxs que somos nós. Estamos de parabéns por escrever escrever escrever sem nunca emagrecer... Escrevedorxs e pronto! Nem isso nem aquilo... Só cartas, raízes... Algo que importe, que suplique supitar agora. Agora!

Com amor e com distância, te convoco a um brinde imaginário, minha amiga Raiz. Minha raiz amiga. Um simbólico brinde se ergue no ar... Que se rompam as taças, nosso sangue pingando no chão, restituindo a terra, restituindo ciclos, círculos vitais e vitalizantes, restituindo o movimento louco de vida que nos emprenhou e nos pariu de nós mesmxs. Putxs que nos pariram!

Amém! Viva aquela cerveja naquele dia naquele papel naquelas letras naquela descarga cosmopoética toscamente maravilhosa! Amadorxs encantadorxs. Quantas relíquias sentimentais aqui. Pulsa em mim. Me salvou. Me desafogou. Me explodiu, revirou, me apresentou a mim mesmo e a um mundo radicalmente abstrato e lindo.

Viva!

Viva!

Viva! 22 de março de 2009, 24 de março de 2019. Viva. Viver. Viver.... Guerreirxs de espada na mão. Peito aberto. Fez-se. Sinta-se. Só quem sente sabe...