quinta-feira, 21 de abril de 2016
O homem (feio)
Quem deu a luz a esta carne podre que passa diante de mim? Essa porção de coisa coitada, enlameada... Essa vícera sem pele que a atenue. Essa pobre alma, que nem posso chamar assim: não é digna de pena. É horrenda! É feio este homem torto, socado em sua constituição. Explode coração! Este homem é louco, melhor: um oco! Desprovido de consciência, é o homem da corda, o peão de bois olhando para a gente e laçando, laçando com aquele olhinho satírico, se nem bois nem vacas nem coisa viva alguma merecia ter em seu laço, já que ele não quer amar nada. Ele não sabe encaixar. Esse homem tem o olho errado, o olho não olha, ele merece o cuspe no meio do terceiro olho! Eita homem cuspível. Eita macho, aiô, salafrário, filho de uma guerra! Sai pra lá! Sai daqui! Vou cuspir! Sai macho! Xôô!!! A moça abriu o braço! O seio, o peito, a testa! A moça girou gritando! A moça bonita cuspiu na tua cara, girando, girando, girando lá... sai pisando fogo, ela e tu. Saem iguais, ela e tu, vão pro mundo, seres de rinha! Desapeguem-se ou se matem! JÁ! Ô pobre desse homem, lambedor de perna parada, vai levar chute! Ser arrastado, cagando sempre tão fedido, o pintinho enroscado e pra cima, gotejando, gotejando, - papai, - papai. Quando a cadela lhe abre a vulva, ele: - papai, - papai, e desce a cintada na cadela e abre a boca cheia de ponta de dente pra cadela. Câmera escondida vai te fuder, cachorrão, todo mundo vai ver pela janela da rede que você faz a linha cadelista, problematizador da causa das cadelas, mas você-tem-o-pintinho-de-porco-enroscado-no-berço! Seu manézinho! Lá vai cuspe! Hihihi Vou cuspir em você, eu e minhas tias, um dia! Juntas! Até vovó Vicentina vai cuspir em você, seu lerdo. O amor não dá errado. Eu abro meu voo no instante. Repito a tempestade. Você vai ficar de-sam-pa-ra-do. Eu juro diante desta fogueira de lua cheia que não haverá go pee nesse corpinho, na-não.