domingo, 30 de novembro de 2014
Nove
O nono vem, firme, seguindo o número 8; que vem depois do sétimo; que só poderia ter vindo depois de um sexto, substituto esse de um quinto que, igualmente, sucumbiu, como na sua ascenção havia feito o de número 4. O terceiro foi a causa deste último, que, num golpe, se desfez do que possuía, tendo ainda o segundo (sempre) em vista. Também em vista está (sempre) o primeiro, primeirinho. Uma promessa, quase um zero. Que não é nada, que está sempre, que grita sempre de lá-longe e que aqui se escuta, sempre, que ele está morto de tanto estar aqui, de ser o primeiro no nono do zero ao zero, fechando o círculo do que não corresponde a nada; só mesmo ao que o zero, que abre o jogo, não sendo nada, falhou em ser. A ilusão causada por um zero (dor imensurável, dor que sugere busca, uma dor que nasceu do nada, um abalo, uma saudade do nada. Uma vontade de zero, digamos) é o que me move.