segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Vida de planta

a inteligência inventou o poema que foi lido sessenta vezes seguidas e enviado por carta azul virtual com opção de depois de lida ser tida como não lida e vice-versa. a inteligência moscou a mosca e nada entende nada porque tudo ficou enorme. se é de um corguin que precisa, pra que recortar na revista a foto do mar da bahia, coisa tão lonja. desamparadinhos, o amor deixou de existir, mudou de nome na cabeça dos inteligentes, a vida é muito maior do que ele e todo mundo tem medo de ir parar no xadrez do outro. oooo, santa merda cagada filosofada informatizada. o problema é o vazio? esvazie-se dele! fica correndo atrás do futuro, urrando o urro do burro, quantas lições do tipo estamos aprendendo. o chuveiro queimou, não foi? o banho frio foi um suplício, perdeu a chave, dormiu na rua, comeu o diabo que o pão amassou. cê lá vi, meu ami, e vi de dentro, bolorento que nem disse minha vó, que não sabe de nada, nem quer saber. estamos demasiadamente acordados, dormem as pedras, as plantas e as poltronas. só nós na vigília! eu não estou cansado, saiba, mas sou sentimental, aquático experimentando, estou com pena do apelo que eu faço para que passem na minha janela e me chamem pra dançar, na vida, dançar na vida, dançar, dançar e dançar na vida