Toda vez que eu estou por viver uma coisa nova, eis-me você: velho e atrasado. Presença sua, como unhas coçando as costas sobre o pano: sensibilidade indireta. Eu te sinto pelas beiradas, nas caras dos outros, nos ecrãs, te vejo deslocado nos sonhos, você vira meu primo, meu pai, um objeto de inércias ainda mais profundas que essas suas. Eu te encontro nas perdas,
tais os extremos, nas vontades de envio que não envio. Te levo a passeio, olha lá, vai indo nem é mais você.
Fica maior do que tudo, fica idílico, desvanesce.
Eu vou te matando de amores, pra seguirmos vivos.