Ela, bonita ela, que se contrói em mim, penteia meus cabelos e me faz amar.
Recheada de porões, mas que tapa todos eles com dentes pra ninguém tentar.
Sobe embriagada pelas minhas pernas e se faz pecado no que posso lamber, sentir e negar.
Bebo pra sufocar a plasticidade de tudo, fumo pro tempo passar.
Cegos me interrogam pra saber o que há de mal, sem saber que distância entre meus olhos e suas bocas não passa de ar.
Vivo pra perdoar todos os meus pecados, simples, porque não nasci pra rezar.
Vou atrás dela, minha vida doce que se esvai nos dias sãos e que não espera a dúvida pra chorar.
ar, ar e ar. Bestial e já suficiente ar.