segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018
A verdade do contato
Que é maior do que o misterioso sonho de ser eu um dia maior do que eu do que meu próprio sonho e não ser meu solo propósito. Ai que horror ser sempre o plano plano. Se eu me lembrasse que o contato é o que existe no rumo do movimento eu seria eu para além do eu sem ter que ser o sonho sem ter que ser além de onde se dá o contato ou mesmo que sendo além de um contato não seria sufocado por um além pois no contato está a plataforma despropositada de ser além do eu, contato que é beleza e verdade portanto a verdade do contato como convite a uma rede de deliciosas ficções para além além além de toda angústia de tentar ser além apenas sendo a partir do contato sem querer ser sem ele como quem se projeta ao projeto sem contato sem plataforma alguma, a verdade de ser pleno no nu cru do contato em movimento sendo assim toda a possibilidade que um dia se possa sonhar mas sem que o sonho nos oprima nos iluda nos envolva numa nuvem sem tato sem afecto sem movimento ou brincadeira com tanta certeza que cega, sem contato que é como se enforcasse ou aquilo que é anti-vivo ou apenas esquisito sem ser estranho. Quero o contato, o atrito o agora em movimento acenando para os seres invisíveis de muitos outros tempos, mas agora e em movimento. Uma verdade, simples, movente, que arda, que renove, que multiplicize as obsessões para que, embora não me abandonem, já que vivo eu, pelo menos se diversifiquem se multimaterializem... Vamos lá vamos lá... Um sexo quente, o mundo, a carne, e a total demolição das certezas para que surja: uma verdade