sábado, 3 de setembro de 2011

Grega (duas dívidas de amor)

Passei a tarde arrepiado com seus barulhinhos de sono, grega. Nem tive coragem de sair do quarto. Você ao meu lado, contando coisas da sua decepcionante história. Ainda estaremos nus em casa, sozinhos, subestimados. Começamos pelo meio e recomeçaremos certeiros: costas. Adoro costas. Conheci suas costas ontem e as achei tão merecedoras de mim. Costas, sua pele branca, seu sorrisinho de acalanto. Meu Deus, de onde você saiu, tão bonitinha, grega? Entra em mim. Me amarra com suas pestanas longas, quiméricas, ai (ais!). Como é que te posso chamar, grega? Como é que me aproximo, me torno íntimo? Eu te desejo com a força da fé que perdi no amor, quero destruir seu futuro, grega, me entende? Desconstruir. Rios de esperma por você, só desejo, (santa!), verdes olhos santos. Prostituta! Macho! Russa! Ai, ai. Seja feliz comigo por um dia, por essa tarde, por esse resto de sol, mas eu não posso poupar o mundo de você, grega. Volte pra lá, eu sei que você ainda quer muitas camas, muitos homens, você que é frívola e linda demais. Eu me contento com sentir seu cheiro, e brincar de falsos constrangimentos, sua pudica.

Eu não vou conseguir (se for assim, se não der jeito) (ou se você me vence, há de ser).