segunda-feira, 8 de março de 2010

sentir e ser

Parece que nunca vai deixar de ser um grande círculo, uma grande brincadeira e eu perdido na minha auto-consciência, tão lúcido, tão lúcido, meus deuses. Antes tudo era sem freio. A gente se coisava aí a noite inteira naquele quintal que era um bar da alegria criadora, um começo esplendoroso. E aí choveu várias vezes na nossa selva de pedra, a gente cresceu e foi parar atrás de outras mesas em capitais federais e estaduais e isso tudo ainda é um grande conflito dentro de mim. Eu leio seus olhos e seios e batons vermelhos, seu gozos e desgostos tão bem rasgados no seu sinta-se de peito aberto e quero tanto lhe alcançar, tão longe, tão alta e longe. E aí eu entendo que continuo nisso que agora mediocremente chamo de círculo, porque me parece circular. Entendi que ando caminhando numa estrada, numa busca eterna e eu sei claramente quem sou, mais do que nunca, Johnny, Johnny be good, eu sei, eu sei, e isso me coloca fora de mim. Eu... eu... eu... eu.

Finjo?

É como se eu me narrasse de fora pra dentro o tempo todo. Excesso de auto-consciência, não se vive desse jeito, eu existo demais. Cansei de existir, quero fluir! E aí? Quero me frequentar menos vezes, pra que tanto espelho interno, tanto realismo... enlouqueci, minha esperança mora aí! A gente volta de uma viagem pra dentro de si e reencontra com o (um) mundo de que a gente tanto falava, um sonho meio fotográfico, preto-e-branco, poético. Me dê 40 anos e eu estarei em algum outra ponto dessa tangente, querendo sair, querendo escapar,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,

AH!