quarta-feira, 3 de junho de 2009

Uns ais

São tão curtos estes dias de quase inverno. Nós somos um vão de vontades indizíveis, a força dos sonhos que são sabor só pelo fato de dizê-los.

Uma música dessas de alegrar o peito, meio linger, que não se cansa de repetir nunca, vai costurando ponto-a-ponto uma história de passos mal vistos, mas que sou eu, um querer tanto ser algo que vou sendo sem saber. Umas saudades estranhas, tão piedosas, vão se encrustando na pele, essa memória que repousa nos móveis da casa, um pó de sempre.

Raiz, descobri que vivo mesmo de sentir, o tempo todo. Sugando cores e inventando paixões. Me lembro de você gritando em sorrisos esplêndidos, quero tanto me emocionar, riscar uns braços em fotos escuras.


Eu sei que quando me sentei aqui me deu uma vontade de chorar...