, e então será como nos sonhos mais altos. Você fumando embalada num cachecol-arco-íris, a vida em preto-e-branco, óculos escuros à sombra da torre Eiffel. Tomaremos vinho em alguma rua tortuosa da Itália, um luxo desnecessário, um romancinho desfarçado.
Riremos dos neo-zelandeses passeando pela praça onde os Beatles cantaram, piadas incompreendidas. Tiraremos fotos de orkut e de gaveta, e pra pôr em murais eternos guardados no peito. Seremos felizes pobretões lavando pratos e pagando parcelas infindáveis de passagens de avião.
Seremos.
E quando chegarmos ao êxtase do soprar do vento que tanto nos leva de sede, saberemos que ainda há muito por onde andar, e nos perceberemos inchados e tortos de tanto amar e viver. Apertarei as mãos e direi o seguinte: